Foto e Síntese - Ateliê de Fitotipia

Na fitotipia, é o tempo quem manda, e não a técnica de impressão da fotografia. O suporte é a própria natureza — essa mesma que nos ensina todos os dias sobre os ciclos de vida e morte. É como se a própria natureza dissesse para os inventores da imagem impressa fotográfica, de forma absolutamente gentil e delicada, quem realmente manda aqui. 

O tempo da materialidade não é o tempo da Vida. O tempo da Humanidade não é o tempo do homem. A alteridade é a forma de compreender a presença e o tempo do outro.

Aprender por símbolos, poder falar das questões centrais que alcançam o coração e o espírito por diferentes linguagens e materialidades, é essencial para a humanidade que produz seus símbolos desde que chegou a esse planeta. 

O homem é o ser que vive no tempo, sem encontrar sua medida no tempo,

Só para dar o gostinho da experiência…

Um pequeno registro de uma das participantes de uma experiência de ateliê que fizemos na Vila Madalena.

Vem ver!

O processo como um todo é um acordar de sentidos e uma atenção voltada ao presente, e não ao próprio indivíduo.

É o reconhecimento de uma alteridade, de um outro radicalmente diferente de mim, que tem seu tempo, sua lógica de se entregar ou de absorver a luz que entra em si. E é também sempre uma surpresa - a surpresa do reconhecimento de que se sabe muito pouco sobre esse outro, que nesse caso, é a própria natureza, uma mestra de bilhões de anos de idade.

"… O que é espantoso em toda fotografia

não é tanto que ela 'congele o tempo'

- como as pessoas geralmente acham -,

mas sim que, ao contrário,

o tempo prove de novo, a cada foto

O QUANTO é irrefreável e perpétuo"

(…)

Cada fotografia é um memento mori

Cada fotografia fala sobre a vida e a morte. 

Cada “imagem capturada” tem uma aura de sacralidade,

transcende o olho do fotógrafo

e excede toda capacidade humana:

cada foto é também um ato de criação

fora do tempo".

(Win Wenders, em um ensaio publicado na Revista Zum n. 04/ abr 2013)

Em cada folha, mora uma árvore inteira. E em cada célula iluminada pela luz, se vive a possibilidade de mergulhar na realidade e reconhecer, assim como dizia o escritor japonês Junichiro Tanizaki, que "a beleza inexiste na própria matéria; ela é apenas um jogo de sombras e de claro-escuro surgido entre matérias".

Fale comigo para saber mais!

Você se interessou por essa experiência?

Quer organizar um grupo para a oficina ou quer conhecer pessoalmente?

Escreve para mim, que eu respondo.

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